Era uma vez um pequeno príncipe inglês, segundo filho de uma das princesas mais amadas e charmosas do Reino Unido e de um príncipe que, ao contrário, nada tinha de charme ou beleza. A mãe era Diana e, como todos sabem, ficou internacionalmente conhecida como Lady Di e o pai, o insosso Príncipe Charles, filho da eterna Rainha Elizabeth. Essa história não tem nada a ver com os famosos contos de fadas, não é “fake”, é bem real e atual.
Mas, o que interessa para nós tudo isso? Nada, a não ser curiosidade provocada pela mídia com a “bomba” sobre a recente notícia da renúncia do príncipe Harry e de sua esposa Meghan de suas funções reais na realeza britânica. Este fato abalou o Reino Unido e pegou de surpresa até mesmo a rainha Elizabeth. Harry alegou que não aguentava mais as fofocas e a cobertura da mídia em sua vida e as rígidas regras das funções reais.
A perseguição midiática começou desde que Harry se envolveu com Meghan, uma ex-atriz californiana, divorciada e afrodescendente. Para não perder a oportunidade de entrar para a realeza, ela abandou a carreira e o príncipe rebelde, desafiando todos os preconceitos e a própria avó, casou-se com ela.
Não sei o porquê de tanto mimimi, pois o que não faltam na família real inglesa são os escândalos. Em 1936, o rei Edward VIII, tio da rainha Elizabeth, também causou alvoroço, pois queria se casar com a americana Wallis Simpson, assim como Meghan também divorciada, só que duas vezes. Como os tempos eram outros, mesmo sem ser coroado, ele teve que fazer sua escolha: o trono ou seu amor por Wallis. E nessa briga, venceu o amor, Eduardo abdicou em dezembro de 1936, com apenas 326 dias de reinado. Foi um dos reinados mais curto da monarquia inglesa e ele foi o primeiro rei a renunciar por livre e espontânea vontade ao trono.
Em seu lugar, seu irmão George VI, pai da atual rainha Elizabeth II, ascendeu ao trono. A própria rainha Elizabeth II, aos 26 anos casou-se por amor, mas teve que aguentar as constantes “escapadinhas” do marido. Ao contrário, sua irmã a princesa Margareth renunciou ao grande amor de sua vida para continuar com suas funções dentro da realeza.
Mas, nada disso se compara com a coragem da bela princesa Diana, mãe de Harry, idolatrada pelos súditos ingleses, que não deu a mínima para a realeza chegando a contar em entrevistas para televisão e jornais com minúcias de detalhes, suas traições por conta da sabida infidelidade do marido e de sua vida infeliz ao seu lado. O babaca do príncipe Charles, pai de Harry, a traia com a feiosa Camila Parker. Diana, dando o troco, encontrava consolo em outros braços até morrer em um acidente de carro em 1997 ao lado de sua última paixão, o milionário Dodi Fayed.
Como diz o ditado, chumbo trocado não dói e também quem ama o feio, bonito lhe parece. O príncipe Charles acabou se casando com Camila. Tal mãe, tal filho, pois parece que Harry está se lixando para a realeza. Será? O casal, afirmou que vai morar entre a América do Norte e a Inglaterra, mas ainda não abdicou da residência nos terrenos de Windsor, cuja reforma custou aos cofres públicos cerca de 2,4 milhões de libras esterlinas, cerca de R$ 12,8 milhões. Além disso, eles ainda continuarão sob o sistema de segurança social britânico e ainda nem se manifestaram em renunciar aos seus títulos de nobreza.
A tal proposta de independência financeira do casal não é lá confiável, pois o tal dote real a que tinham direito e estão dispostos a abrir mão, seria o equivalente a apenas 5% de seus gastos oficiais, pois a quantia maior é bancada pela renda privada do príncipe Charles.
Uma renúncia conveniente, pois além de se livrarem da chatice dos compromissos reais, continuam ricos e famosos, curtindo a “doce vida”. Como de bobo o príncipe Harry não tem nada, sabe que teria poucas chances de herdar o trono inglês, pois ele está no 8º posto de sucessão, atrás até mesmo de seus sobrinhos, filhos de seu irmão, Príncipe William. Em seu favor, segundo a mídia, ele sempre declarou que nunca quis o trono.
Harry sempre foi considerado o membro mais problemático dentro da realeza inglesa e segundo algumas informações, até hoje não se recuperou com a morte da mãe. Sempre envolvido em escândalos, desde a ideia maluca de comprar um pub até uma “festinha” dentro de um luxuoso hotel em Las Vegas, onde ele e seus convidados teriam apostado peças de roupas em um jogo de sinuca. Eita ruivinho danado. Este príncipe rebelde causou o maior escândalo ao se vestir de soldado nazista para uma festa a fantasia. E dá-lhe pedidos de desculpas da rainha.
Ele foi, o que classificamos hoje, o “crush” de muitas garotas ao redor do mundo até se apaixonar por Meghan Markle, casar-se com ela e ter um filho interracial. Depois disso, o príncipe mudou de comportamento.
Ser nobre é poder ter muitos privilégios, mas também muitas obrigações e algumas delas bem maçantes. Mas, que ele é uma graça, não podemos negar, principalmente pela coragem de desafiar e esnobar a realeza inglesa.
Que sejam felizes para sempre...